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O segundo momento do curso de capacitação para negociação de causas complexas ambientais, ministrado na tarde de hoje (8/11) pelo pós-doutor em gestão de conflitos Yann Duzert, foi dedicado a exercícios práticos de negociação. O curso é uma realização do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma), com coordenação da Escola Superior do Ministério Público de Goiás (ESMP-GO).
Após a apresentação de um vídeo sobre como a linguagem corporal influencia em nossas táticas de negociação, o professor dividiu a turma em duplas e entregou casos específicos em que cada aluno deveria incorporar um personagem e negociar em situações de interesses conflitantes. O desafio era chegar a uma solução que agradasse ambos os lados dentro de 20 minutos.
Governança colaborativa
Em seguida, o palestrante abordou o que era governança colaborativa, situação em que se busca um relacionamento rentável entre empresa e fornecedores, clientes, parceiros e concorrentes. A ideia, de acordo com Duzert, é criar linhas de negociação onde se gera valor e exportar os modelos adotados para outras empresas e negócios.
O processo de governança colaborativa passa pela fase da preparação, criação de valor, distribuição de valor e fechamento da negociação. Dentro desse processo, o palestrante ensinou que, para alcançar êxito, é necessário considerar os seguintes aspectos:
• Contexto: qual é o contexto político, econômico e histórico que envolvem a realidade das duas partes
• Interesses: mapear anteriormente quais são os interesses que permeiam a negociação
• Opções: projetar possíveis cenários e soluções
• Poder: considerar quais as relações de poder presentes na negociação e também até onde vai a alçada do negociador
• Cognição: momento de esclarecer conceitos para evitar mal-entendidos
• Relacionamento: questionar qual tem sido o relacionamento entre as partes negociadoras até aqui, qual a impressão uma tem de outra e como as situações são resolvidas
• Concessão: alinhar, de antemão, em quais pontos é possível fazer concessões e quais pontos são inegociáveis
• Conformidade e critérios: estudar, dentro das leis, se as soluções criadas são viáveis e quais são os critérios utilizados para criar e estabelecer valores
• Tempo: em quanto tempo essa negociação deve ser fechada e colocada em prática
Ao final dessa exposição, os participantes realizaram de uma nova simulação onde atuaram como negociadores em uma situação de governança colaborativa. O curso continua até o final da tarde de amanhã (9/11), quando o professor abordará de forma mais profunda negociações complexas em casos ambientais.
(Texto: Ana Clara Morais – Estagiária da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Supervisão: Ana Cristina Arruda - Fotos: João Sérgio)